Scrum e MVP: o casamento perfeito para testes em startups

Sumário

Você já deve ter escutado falar de SCRUM, correto? Assim como já deve ter escutado falar de Design Thinking, Lean Startup, Caminho Empreendedor, XP, Kanban e demais metodologias ágeis que possam permear o mundo das startups e que por diversas vezes são utilizadas em empresas que buscam gerenciar de forma ágil a entrega e desenvolvimento de produtos e serviços. Além de servir para controlar a produtividade de pessoas e equipes.
Mas o que você pode não saber, é que existe um belo casamento no uso concomitante de metodologias ágeis, justamente por terem algum tipo de sinergia em etapas que possuem pontos de intersecção.
Hoje, irei falar de como o SCRUM e o MVP podem te ajudar a ser mais produtivo na estrutura de seus pilotos para loop dos testes que você venha a fazer em sua solução.
Mas como dizia Jack, O Estripador: “vamos por partes”… Vale a pena, inicialmente, relembrar esses dois conceitos.

Como você já deve saber, o SCRUM é um framework! Metodologia ágil que nasceu em um ambiente de desenvolvimento de software, cujo foco era entregar solução incremental de forma ágil e eficiente ao cliente.

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A estrutura do SCRUM passa por uma série de rituais e cerimônias, além de papéis extremamente bem definidos. Segundo seus fundadores, Jeff Sutherland e Ken Schwaber, o SCRUM é uma abordagem de gerenciamento de projetos ágeis de fácil compreensão, mas de difícil domínio.
Enfim, dentre seus principais rituais e agentes, podemos destacar:

  • Backlog: lista de tarefas que devem ser realizadas pelas equipes para se desenvolver o produto ou serviço desejado.
  • Sprint: um período de tempo em que se completam alguns conjuntos de tarefas do backlog com o objetivo de consolidar um avanço incremental no produto ou serviço. Uma Sprint não pode passar de 4 semanas e não é recomendável que seja menor que 2 semanas. Contudo, existem excelentes equipes que conseguem se gerenciar e produzir resultados em Sprints de 1 semana.

Então, você como gestor do projeto, deve saber adaptar a quantidade de tempo ideal para o desenvolvimento e entrega do que está sendo planejado.

  • Product Owner: Pessoa responsável por defender os interesses dos clientes ou usuários finais, além de definir quais tarefas serão alocadas no Backlog.
  • Scrum Master: encarregado de ser um guardião da metodologia SCRUM e se certificar de que ela está sendo utilizada corretamente.

Aqui vale uma observação!
Equipes pequenas na sua grande maioria não precisam desta figura do Scrum Master, papel este que poderá ser cumprido pelo próprio Product Owner. O que importa é respeitar as cerimônias e fazer a equipe estar alinhada e você conseguir sanar qualquer dificuldade que porventura venha a surgir.

  • Daily Scrum: reuniões diárias, geralmente pela manhã, em formato em pé, em que os membros do time falam sobre seus progressos. Reunião esta que não pode passar de 15 min, sendo assim uma atividade time boxed (com controle de tempo).

Somente 03 perguntas são feita:

  • O que foi feito no dia anterior.
  • Quais as dificuldades que foram encontradas.
  • O que será feito no dia de hoje.

Aqui vale uma observação!
Por mais que a recomendação seja realizar reuniões diárias, você que está iniciando e gerenciando pequena equipe pode fazer reuniões de alinhamento de forma semanal. Mas quanto mais você conseguir fazer esta reunião, melhor será a agilidade na entrega das atividades e menor será a possibilidade de erros futuros que não foram de forma ágil resolvidos.

  • Reunião de Retrospectiva: ao final de cada Sprint a equipe se reúne em 2 momentos, pela manhã para avaliar a solução que foi construída e a tarde para discutir o que vou aprendido na Sprint e como podem se tornar mais ágeis para a próxima Sprint.

Agora que você refrescou a memória sobre o SCRUM ou aprendeu um pouco sobre framework, chega o momento de retomarmos sobre o que é o MVP – Minimum Viable Product (mínimo produto viável).
Ao contrário do que muitos pensam, o MVP não é necessariamente um produto pronto para ser lançado no mercado, mas sim um produto minimamente viável a ser testado no mercado, que poderá ser cobrado para ser utilizado ou dado de graça. O que se quer aqui é justamente validar o quanto este MVP possui aderência ao público, quando de sua utilização. Importante destacar, que seu uso deve ser com consumidores em situações reais de consumo.
O MVP é a maneira mais fácil de se testar algo, seja um produto ou um serviço, com o menor uso de recursos possíveis, antes de colocá-lo de forma efetiva no mercado. O que temos aqui é um loop de melhoria contínua e incremental, focada em responder aos desejos do cliente final. Em linhas gerais, a cada ciclo de loop do MVP, algo se constrói, se mensura e se aprende.
O objetivo é identificar de forma prematura, erros no produto ou no serviço, para que prematuramente sejam ajustados e estejam aderentes a necessidades e desejos dos usuários.
mínimo produto viável

Agora que você deu um F5 e refrescou a memória quanto aos conceitos de SCRUM e MVP fica mais cristalino que estes pólos possuem conexão no tocante ao desenvolvimento de um novo produto ou incremental do produto que você pretende colocar ao mercado.
Com o casamento destas duas ferramentas, podemos gerar um passo a passo da seguinte maneira:
1 – Análise da situação;
2 – Construção do backlog e priorização das histórias a serem testadas;
3 – Ao final da Sprint, o MVP estará pronto para ser testado;
4 – Mensure os resultado e faça os ajustes necessário para sua próxima Sprint;
5 – Volte ao início e faça todo o ciclo cada vez que for lançar novo MVP.
scrum mvp
Conforme verificado acima, o que temos em vermelho é o loop do MVP e em azul, a aplicação do framework SCRUM.
Fica de fácil visualização o quanto a utilização destas duas abordagens ajuda numa ágil e eficiente construção de MVP’s e consequente facilitação da organização das prioridades por meio da estrutura do backlog.
Agora é como você! Coloque em prática e veja como este casamento facilitará o seu controle de produção e testes dos mini pilotos.

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